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DECEA propõe soluções para ruído no Aeroporto de Jacarepaguá

Publicado: 2025-05-20 16:25:24
Na ocasião, foi ressaltada a importância de criar uma mesa de mediação com todas as instituições envolvidas na movimentação aérea da região

Com o objetivo de reduzir ainda mais o ruído aeronáutico no entorno do Aeroporto de Jacarepaguá (SBJR), na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) reunirá os principais interessados nas operações do terminal, para discutir sobre a fiscalização das aeronaves que pousam e decolam do Aeroporto. Entre os convidados estão representantes da Petrobras, NAV Brasil, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da PAX Aeroportos — concessionária responsável pela administração do aeródromo.

A iniciativa foi comunicada durante uma reunião realizada nessa segunda-feira (19/05), na sede do DECEA, que contou com a presença de Oficiais-Generais e representantes do Legislativo Estadual e Federal. Na ocasião, foi ressaltada a importância de criar uma mesa de mediação com todas as instituições envolvidas na movimentação aérea da região.

“A questão é complexa, mas tem solução. O DECEA vai trabalhar de forma proativa com todos os envolvidos neste cenário”, afirmou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

O Aeroporto de Jacarepaguá é um importante centro para o movimento aéreo offshore no Brasil, sendo amplamente utilizado nas operações logísticas da indústria de petróleo e gás. A Petrobras, portanto, é uma das principais usuárias do terminal. Já a PAX Aeroportos é a administradora do aeródromo e responsável pela Comissão de Gerenciamento do Ruído Aeronáutico (CGRA), sendo fiscalizada pela ANAC.

Segundo o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, o primeiro passo para avançar nas soluções é o mapeamento preciso dos níveis de ruído. “É fundamental que a PAX Aeroportos realize o levantamento acústico da área sob sua responsabilidade. Isso nos permitirá identificar oportunidades de melhoria nas definições de rampas de aproximação, decolagem e pouso”, explicou.

Em 2022, como parte das ações de mitigação sonora, o DECEA já havia publicado uma nova Carta de Aproximação Visual (VAC – Visual Approach Chart), redesenhando as rotas de chegada e saída de modo a amenizar ainda mais os ruídos provocados pelas aeronaves no local.

Além disso, estuda-se a instalação de equipamentos, no aeroporto e seus arredores, menos sujeitos ao relevo acidentado do Rio de Janeiro, como o ADS-B (Automatic Dependent Surveillance-Broadcast) - um sistema certificado de vigilância aérea que permite a transmissão automática de dados como posição, velocidade, altitude e identificação da aeronave.

A partir desta iniciativa, os órgãos de controle, como a NAV Brasil e o APP-RJ, poderão fiscalizar os aviões que estão passando fora da altura e corredores corretos.

Fotos: DECEA